quinta-feira, 22 de abril de 2010

POLÊMICA DE VÉU ISLÂMICO CONTINUA EM MADRID





Jovens estão solidarias com a colega que foi expulsa da aula. A escola toma uma decisão esta terça-feira

Aumentam os gestos de solidariedade para com a jovem de 16 anos, Najwa Malha, expulsa da sala de aula por usar um véu islâmico na cabeça, em Portuzelo, Madrid.
São já cinco as alunas do Instituto espanhol que se apresentam esta terça-feira com a vestimenta islâmica. Mas as cabeças cobertas, eram mais um gesto simbólico do que propriamente um desafio às normas do estabelecimento de ensino. As cinco raparigas espanholas mas de origem marroquina destaparam as cabeças antes de entrar na escola.
«Esta terça-feira ninguém entrou com véu na escola, sabem que não podem usar e tiram-no sem problema» , disse ao El País, a secretária da escola Camilo José Cela, Rosa Bernal, acrescentando que o dia está a correr dentro da normalidade.
As normas do instituto são claras, não é possível dentro da escola usar gorros, chapéus ou qualquer outro adereço que tape a cabeça. O pai da menor Najwa, Mohamed Malha, diz que o regulamento contradiz o artigo 32 da Constituição, que garante a liberdade religiosa.
A jovem está com uma depressão e corre o risco de se hospitalizada. Em declarações ao El Pais, Najwa disse que usa a cabeça coberta porque isso a faz sentir bem com a sua religião e também porque gosta. «Sinto-me discriminada», contou.
A secretária do Instituto diz que o conselho escolar, composto por pais, alunos, professores e pessoal não docente vai-se reunir esta terça-feira à tarde para tomar uma decisão. A direcção, que não permite a entrada a jornalistas, prefere não entrar em polémicas. No final da reunião será emitido um comunicado com a decisão final acerca do assunto.

IOL/Notícias Cristãs

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